MINHA ÚLTIMA PALAVRA SOBRE A POLÊMICA FAKE DE “ÍDOLOS DA PACHAMAMA NO VATICANO”

Não julgueis pela aparência, mas julgai conforme a justiça.” (S. João 7, 24)

Sem se deixar abater por fatos históricos e antropológicos, raciocínio lógico, sólida teologia, ou pela decência humana mais básica e as demandas da caridade cristã, o outrora nobre veiculo de notícias LifeSiteNews (em que escrevi alguns artigos por alguns anos) dobrou [em suas notícias]1 sua narrativa #FakeNews de “Ídolos da Pachamama no Vaticano” nas últimas semanas.

Desde que foi publicado o meu ensaio “Não, ‘Mãe Terra’ não é Pagã”2 sobre a polêmica montada, eu fui bombardeado com inúmeras respostas, praticamente divididas entre aqueles que gostaram e aqueles que continuaram a insistir que as imagens “infames” exibidas durante uma cerimônia nos Jardins da Cidade do Vaticano, e mais tarde, na Igreja Santa Maria da Traspontina, eram ídolos pagãos e idolatradas como tais. Respondi a alguns dos que me questionaram por último, pedindo-lhes que provassem suas alegações, mas naturalmente ninguém conseguiu, e o que recebi foram várias respostas, quase todas no sentido de “É idolatria até que se prove o contrário”.

Como observei em meu ensaio, aqueles que espalharam a estória fake da “Pachamama” são trostkistas3 de direita; e como tais, eles não se importam com o que é objetivamente verdadeiro; ou melhor, “verdade” para eles não é a adequação do pensamento à realidade – como insiste a tradição metafísica clássica e cristã. Ao contrário, “verdade” é tudo o que alimenta a narrativa desejada. O Papa Francisco é um cara mau, um papa terrível e herege (todas as afirmações com as quais concordo); portanto, qualquer coisa que pinte o papa com a pior cor possível deve necessariamente ser “verdade”, uma vez que avança essa narrativa. Esses críticos neotradicionalistas concordam com a representante Alexandria Ocasio-Cortez4 que está “tudo bem” estar “errado sobre os fatos” desde que você esteja “certo moralmente”.

Esta não é uma rotulagem injusta. Não há outra explicação razoável para o porquê de pessoas com pelos menos inteligência média continuarem espalhando a narrativa do “ídolo da Pachamama”, tendo em vista que:

1) Não há evidência de que a “Pachamama” seja uma divinidade amazônica. Eu não tenho pretensão de ser um especialista em Amazônia e de suas religiões indígenas não-cristãs, mas sei fazer uma pesquisa no Google, Google Acadêmico, JSTOR e outras ferramentas, e provavelmente li sobre o assunto todas as histórias #FakeNews publicadas pelo LifeSiteNews, EWTN, OnePeterFive e por todos os outros veículos neotradicionalistas, e não consigo encontrar nenhuma documentação acadêmica de que a “pachamama”, uma divindade andina, seja ordinariamente cultuada por não-cristãos na Amazônia. Os neotrads tiveram mais de uma mês para montar essa documentação e ela daria força à sua narrativa. [Mas] A incapacidade deles de documentar isso, contra seus próprios interesses, unida ao que parece ser uma falta de conhecimento acadêmico do “culto à Pachamama” na Amazônia, sugere que a obsessão por “Pachamama” nasceu de uma ignorância cultural básica: alguém leu em algum lugar que alguns pagãos na América do Sul adoram a “Pachamama”, a Amazônia está localizada na América do Sul, tanto a Amazônia quanto os Andes começam com a letra “A”, alguns países sul-americanos ocupam partes do Andes e da Amazônia, logo a identificação das famosas imagens foram feitas sem qualquer raciocínio crítico. Jornalistas intencionalmente ignorantes de veículos de “notícias” do perfil do LifeSite correram com essa narrativa sem se preocupar em averiguar os fatos. Edit: Como notei nos comentários abaixo, embora não seja impossível que alguns índios amazônicos que vivem nas proximidades dos Andes adorarem a “Pachamama”, isso não foi demonstrado pelos caluniadores do Papa; e mesmo que eles existissem, as imagens em questão foram compradas num mercado de Manaus, Brasil, ou seja, em um lugar distante dos Andes.

2) Não há nenhuma evidência de que a “Pachamama” é adorada por meio de estátuas. Embora possa ser difícil para alguns estudiosos ocidentais acreditar, nem todo “paganismo” é a mesma coisa, nem todo “paganismo” existente assume as mesmas formas externas do paganismo do Antigo Oriente e da antiguidade greco-romana – o paganismo que conhecemos da Bíblia. Por que ninguém se importou em perguntar se os pagãos da Amazônia adoram mesmo ídolos, e ainda menos se cultuam representações simbólicas da “Pachamama”? Será porque aqueles que fazem acusações, incluindo jornalistas “católicos”, simplesmente não se importam?

3) Não há nenhuma evidência de que a “Pachamama” é adorada por imagens que se pareçam com estas:

4) Não há nenhuma evidência de que os pagãos da Amazônia adoram estátuas5. (Ver 2).

5) Não há nenhuma evidência de que os pagãos da Amazônia cultuam ídolos que se pareçam com as imagens acima. (Ver 3).

6) Não há nenhuma evidência de que estas imagens representam a “Pachamama”.

7) Não há nenhuma evidência de que alguma dessas imagens foi objeto de culto no sínodo. Os neotradicionalistas tiveram um dia de festa com a declaração do porta-voz do Vaticano Paolo Ruffini de que “não houve prostração às imagens”, [pois colocaram] lado a lado essa negação com a foto tirada de um vídeo da cerimônia que ocorreu nos Jardins do Vaticano:

Uma contradição bastante flagrante essa negação do Vaticano, não é? Apenas se você for um embusteiro intelectualmente preguiçoso que sai para escrever algo para viralizar e sequer se dá ao trabalho de conferir o vídeo original6 para ter noção do seu contexto importantíssimo. E qual contexto é esse, começando pelo minuto 11:20? Católicos da Amazônia, dirigindo uma oração a Deus, com braços erguidos na posição orante tradicional e com os olhos voltados ao céu – gestos simbólicos feitos por cristãos de todo tipo de denominação, e que, incidentalmente, têm suas raízes no paganismo do Antigo Oriente, quando as pessoas criam que seus deuses realmente estavam no “céu”, isto é, na abóbada celeste; durante esta oração, os participantes se prostram brevemente em adoração, antes de se levantarem de novo rapidamente e continuar rezando olhando para o céu. Nenhum observador prudente interpretaria isso como uma oração ou qualquer outra forma de culto dirigida às imagens que estão no círculo dos participantes.

Mas se essas imagens não estão sendo cultuadas, por que estão sendo mostradas e cercadas? Isso é fácil. Como qualquer um pode observar, há muitas imagens e artefatos da Amazônia sendo mostradas nesta cerimônia, obviamente representando o povo da floresta amazônica: representações icônicas de homens e mulheres amazônicos, instrumentos musicais, algo que parece ser uma bengala, canoas em miniatura, etc. Essas coisas não são ídolos; são um diorama feito para representar as pessoas pelas quais rezamos.

Há muitos anos atrás, visitei um amigo que estava estudando na Southeastern Baptist Theological Seminary em Wake Forest, Carolina do Norte. Ele me levou para conhecer seu campus e um dos prédios que me mostrou tinha um globo gigante em cima de uma Bíblia aberta, mostrando o alcance missionário e os desejos da Convenção Batista do Sul. Nesta sala (se me lembro bem) havia várias fotografias, incluindo esta, de alunos ajoelhados e prostrados em oração perante a imagem:

Não é óbvio para qualquer homem culturalmente letrado e de boa vontade o que está nesta foto: estudantes do Seminário Batista do Sul rezando pelos esforços missionários de suas igrejas e pelas pessoas que pretendem alcançar? Não é óbvio que este globo não é um ídolo, ou mesmo um objeto relativamente venerável ao modo familiar dos cristãos católicos e ortodoxos, e sim que os estudantes aqui estão simplesmente dando um expressão visível e simbólica às suas orações para aquilo que o globo representa? Embora eu não quisesse dizer nada sobre seus jornalistas neste ponto, presume-se que o pessoal do LifeSiteNews não está disposto a acusar os alunos de uma das principais instituições batistas de ensino superior do sul do país de rezarem a uma divindade apalachiana chamada “PachaGlobo”. (Wake Forest não está localizada na Appalachia, e sim na Carolina do Norte, e esta inclui partes da Appalachia, então não é possível afirmar que os neotradicionalistas “católicos” e os evangélicos fundamentalistas farão esse tipo de coisa.)

Enfim, se essas [imagens] eram realmente ídolos, e adoradas como tais, por que os neotradicionalistas não conseguiram apresentar sequer um único outro exemplo dessas imagens sendo supostamente adoradas antes? O Sínodo dos Bispos da Região Pan-Amazônica durou quase um mês após a cerimônia nos Jardins do Vaticano (de 6 a 27 de Outubro). Se elas eram realmente ídolos, por que ninguém conseguiu tirar uma foto delas sendo adoradas (ao invés de simplesmente expostas) na Igreja de Santa Maria da Traspontina durante todo esse tempo? A resposta é simples: Nunca foram ídolos.

Além de todas as considerações negativas acima, nós temos:

8) Declarações insistentes e repetidas das autoridades do Vaticano e dos organizadores do sínodo de que essas imagens jamais representaram a “Pachamama”, que não eram ídolos, e que não objetos de qualquer tipo de culto religioso. Quem afirma estar “desorientado” pelas “declarações confusas” das autoridades da Igreja é ou um deficiente mental ou um mentiroso, porque as autoridades da Igreja rebateram de forma clara e consistente a narrativa de “ídolo da Pachamama”, como amplamente documentado pelo escritor católico Pedro Gabriel7.

Mas calma, o Papa Francisco depois não se referiu a essas imagens como “pachamamas”? Esta objeção não é sincera, porque os neotrads saíram com essa narrativa [de ídolos da pachamama] contra as repetidas negações do Vaticano e dos organizadores do sínodo muito antes do Papa Francisco intervir. De todo modo, as palavras mal escolhidas do papa não eram apenas contrárias a literalmente todas as outras evidências disponíveis, como foram posteriormente corrigidas pelo próprio porta-voz do Vaticano, que esclareceu8: “o papa usou a palavra como meio de identificar as estátuas porque foram assim que se tornaram conhecidas na mídia italiana e não como uma referência à deusa”.

9) O vídeo de onde foi tirada a suposta foto incriminatória do “culto à Pachamama” mostra de maneira clara que aquelas imagens não estavam sendo adoradas. (Ver o “7” acima).

9a) Em relação a isso, se essas imagens eram “ídolos da Pachamama” e estavam sendo cultuadas como tais, por que não há nenhuma outra evidência – por meio de foto ou testemunha ocular – de alguém venerando elas (ex: se curvando ou se prostrando perante elas) durante quase um mês de sínodo (6-27 de Outubro)? (Ver o “7” acima)

10) Ninguém – literalmente ninguém – teve a disposição completa e absoluta de nos documentar os itens 1-7 acima, muito embora a mídia neotradicionalista “muricana” que começou com essa lenda urbana tenha tido a devida oportunidade de justificar suas calúnias compartilhando estudos ou fotos do culto pagão da Amazônia e provando que essas estátuas faziam parte dele.

Permitam-me abordar rapidamente duas outras objeções:

1) “Os próprios defensores do Papa Francisco mentiram quando disseram que essas imagens eram representações da Virgem Maria, intitulada “Nossa Senhora da Amazônia”.

Essa mentira não existe. Na verdade, segundo os testemunhos oficiais, embora essas imagens não tivessem a intenção original de representar qualquer personagem em especial, e fossem meras representações artísticas de indígenas grávidas, alguns fiéis da Amazônia presentes no sínodo, de fato, passaram a identificá-las como representações indígenas de Maria, Mãe de Jesus. Pedro Gabriel documentou isso9.

Pode não ser a primeira vez que isso aconteceu. Giuseppe Tomasi di Lampedusa, um tradicionalista de verdade, em seu O Leopardo, romance clássico geralmente considerado o maior do século XX, notadamente satirizou um fato semelhante com moças solteironas da aristocracia da Sicília pós-Risorgimento:

“Quando Monsenhor entrou, a capela estava iluminada pelo sol da tarde que se punha; e, acima do altar, o quadro veneradíssimo das senhoritas se encontrava banhado de luz: era uma pintura no estilo de Cremona e representava uma jovenzinha frágil, muito aprazível, os olhos voltados para o céu, os cabelos castanhos e macios espalhados em gracioso desalinho sobre os ombros seminus; na mão direita, ela segurava uma carta amarrotada; a expressão era de espera ansiosa, não dissociada de certa alegria que brilhava em seus olhos cândidos; ao fundo verdejava uma amena paisagem lombarda. Nada de Menino Jesus, coroas, serpentes, estrelas, enfim, nenhum daqueles símbolos que costumam acompanhar a imagem de Maria; o pintor deve ter achado que a expressão virginal fosse suficiente para dá-la a conhecer. Monsenhor se aproximou, subiu um dos de graus do altar e, sem se persignar, ficou examinando o quadro por alguns minutos, expressando uma admiração sorridente, como se fosse um crítico de arte. Atrás dele, as irmãs faziam o sinal da cruz e murmuravam Ave-Marias.”

Então o prelado desceu o degrau e se voltou. “Uma bela pintura”, disse,“muito expressiva.”

“Uma imagem milagrosa, Monsenhor, miraculosíssima”, explicou Caterina, a pobre enferma, espichando-se em seu instrumento de tortura ambulante.

“Quantos milagres já fez!” Carolina reforçava: “Representa Nossa Senhora da Carta. A Virgem está prestes a entregar a Santa Missiva e invoca do Filho Divino a proteção ao povo de Messina; proteção que foi gloriosamente concedida, como se viu pelos muitos milagres ocorridos por ocasião do terremoto de dois anos atrás”.

“Bela pintura, senhorita: seja lá o que represente, é um belo quadro, e isso deve ser levado em conta.”…

[Mais tarde] “Então o senhor, padre Titta, teve coragem de celebrar por anos a fio o Santo Sacrifício diante do quadro daquela jovem? Daquela jovem que marcou um encontro e espera o namorado? Não venha me dizer que o senhor também acreditava que fosse uma imagem sacra.”

“Monsenhor, sou culpado, eu sei. Mas não é fácil enfrentar as srtas. Salina, a srta. Carolina. O senhor não sabe o que é isso.”Monsenhor estremeceu com a lembrança. “Meu filho, você tocou a chaga com o dedo; e isso será levado em consideração.”

Capítulo 8, “Quadros e Relíquias”

Em segundo lugar, sou frequentemente direcionado à longa ladainha dos prelados e padres conservadores que aderiram ao movimento de “condenar o ídolo da Pachamama”. “Por que devo acreditar em você sobre esses clérigos? Para início de conversa, ninguém deve acreditar “em mim” sobre nada: estou simplesmente mostrando a evidência, que não foi rebatida ou refutada por nenhum desses sacerdotes. Meus leitores e interlocutores devem checar as evidências por si mesmos e, se não conseguirem refutá-la, devem dar o braço a torcer – não ao Eric Giunta, mas à verdade demonstrada. Eu diria ainda que é muito curioso ouvir as vozes críticas ao Papa Francisco recorrerem à sua própria versão rasteira de ultramontanismo, como se nós, católicos, crêssemos que a realidade e a verdade objetiva mudam para se adequar ao pensamento e opiniões dos padres e dos bispos. Uma mentira não deixa de ser mentira simplesmente porque um bispo a conta. A Terra não se tornou magicamente o centro geográfico do universo quando o Papa Urbano VIII condenou Galileu e colocou suas obras heliocentristas no Index Librorum Prohibitorum; do mesmo modo, o que não é idolatria não vira magicamente idolatria apenas porque os Cardeais Müller e Burke ou o Pe. Mitch Pacwa, disseram isso. Se prelados e padres participam de campanhas de difamação e mentem, tanto maior é o seu pecado, porque são ordenados precisamente para serem ministros do Evangelho.

Enfim, muitos dos que venderam mentiras neotradicionalistas me acusaram de não ser caridoso com eles, dizendo que estou equivocado em supor que estão sendo maliciosos ou imprudentes no cuidado com a verdade dos fatos, quando na verdade eles podem estar simplesmente enganados. Discordo: não se pode pedir o benefício da dúvida quando é você que inicia a calúnia e recusa ceder o mesmo benefício aos outros, ainda mais quando espalha notícias ou artigos de veículos conservadores outrora respeitados que possuem tanto as condições psicológicas como instrumentais de realizar uma investigação adequada. LifeSiteNews e outras mídias “católicas conservadoras” sabem, ou deveriam saber, melhor.

Mentir – mesmo “mentir por Cristo” – é pecado, e mortal quando alguém mente deliberada e intencionalmente (ou por negligência) em matéria grave, como acusar seus pastores e irmãos em Cristo de cometerem o que é possivelmente o pior dos pecados. Deus não será ridicularizado, seja por políticos esquerdistas e modernistas ideológicos que invocam Seu nome para promover todo tipo de degeneração ou por neotradicionalistas “conservadores” de direita que O invocam para espalhar mentiras. Para o bem de suas almas e para sua própria credibilidade jornalísticas, os que vendem o meme “Pachamama” precisam se arrepender de seus pecados e corrigirem publicamente as informações erradas que espalharam.

Texto original: https://ericsgiunta.wordpress.com/2019/11/07/my-last-word-on-the-fake-vatican-pachamama-idols-controversy/

Autor: Eric Giunta

1https://www.lifesitenews.com/tags/tag/pachamama

2https://ericsgiunta.wordpress.com/2019/10/23/mother-earth-in-medieval-christian-art-and-literature/

3https://www.marxists.org/archive/trotsky/1938/morals/morals.htm

4https://www.realclearpolitics.com/video/2019/01/06/ocasio-cortez_people_being_more_concerned_about_me_being_factually_correct_than_morally_right.html

5O original em inglês é “idols”, mas optamos por “estátuas” para adequar ao sentido empregado pelo autor.

6https://www.youtube.com/watch?v=1wioisaIU2I&feature=youtu.be&t=680

7http://opapadisse.com.br/nossa-senhora-da-amazonia-solucionando-contradicoes/

8https://www.reuters.com/article/us-pope-synod-amazon-theft-forgiveness/pope-asks-forgiveness-for-theft-of-controversial-amazon-statues-idUSKBN1X427A

9https://wherepeteris.com/paganism-in-the-vatican-hermeneutic-of-suspicion-at-its-peak/; http://opapadisse.com.br/nossa-senhora-da-amazonia-solucionando-contradicoes/

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